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A vida quer de nós coragem

Manifesto pela pré-candidatura de Flavio Serafini a deputado estadual

Vivemos um momento crítico de nossa história. Em todos os cantos de um planeta cuja ação humana tem destruído as condições de vida, crescem forças políticas que representam a barbárie da extrema direita, algumas delas no poder. No Brasil e no Rio de Janeiro, vivemos um cenário particularmente difícil. O governo federal é hoje liderado por uma figura abjeta, levado ao poder por uma política ultraconservadora e violenta, que instituiu o governo mais militarizado da nossa história recente.

 

Com  uma postura negacionista perante a pandemia, o governo Bolsonaro mostra enorme descaso pelas vidas do nosso povo. Desprezo ainda maior dispensa às mulheres, à população LGBT, indígena, negra e às pessoas com deficiência. Tem atacado todos os mecanismos de estado conquistados e por isso o povo volta a conviver com a fome e com a miséria. Ao mesmo tempo, confunde a classe trabalhadora com uma enorme rede de mentiras e persegue as formas de organização de quem tem levantado a voz contra a barbárie.


Marielle foi uma poderosíssima voz. Quebrando placas com o seu nome, buscando deturpar sua imagem e se confrontando com qualquer bandeira da esquerda, foi eleita na ALERJ uma bancada conservadora como não tínhamos visto antes. No mesma toada, Wilson Witzel chega ao governo estadual junto com seu vice e atual governador Claudio Castro, representantes de uma política fascista e de morte. O que temos visto é o fortalecimento das milícias e de uma política de segurança pública racista e genocida. Junto a isso, a militarização das escolas, a promoção e beneficiamento dos setores mais conservadores, como das comunidades terapêuticas, e uma política que destrói as perspectivas de recuperação econômica e de diminuição das desigualdades.

 

Neste sentido, o governo e a maioria da Assembleia conduzem uma política privatista, cujo maior exemplo é a venda criminosa da Cedae, e em um Regime de Recuperação Fiscal que, se em um curto prazo dá ao governo um respiro ao liberar recursos, no longo prazo, afunda o estado em dívidas e acaba com a capacidade de investimento nas áreas mais fundamentais para recuperação do estado. Há, no entanto, muita resistência do nosso povo, do movimento organizado e também presente no parlamento e em instituições. Somos parte deste movimento que resite e que culminará na derrota de Bolsonaro e do bolsonarismo.
 

Entendemos que isso se dará nas lutas cotidianas, na organização popular, no estímulo da solidariedade de classe com a afirmação de um projeto de unidade da esquerda que priorize a derrota do bolsonarismo nas ruas, de Bolsonaro nas urnas e de seus representantes nos estados. Assim consideramos fundamental o fortalecimento de instrumentos como o mandato coletivo do companheiro Flavio Serafini na Alerj. Aliado à ciência e aos movimentos de uma educação pública e emancipadora, está hoje à frente da Comissão de Educação e tem sido um forte contraponto ao governo, ajudando a organizar a resistência mas também propondo e construindo alternativas.


Incansável no enfrentamento ao governo Cláudio Castro, reafirma o sentido do combate antifascista dentro e fora do parlamento. Tem se colocado em defesa da educação pública, inclusiva e de qualidade, em defesa de profissionais da educação, pelos direitos de estudantes, na luta por condições dignas das escolas em especial na situação de pandemia que ainda nos assola. O mandato tem estado sempre de portas abertas a toda comunidade escolar e universitária nas mais diferentes demandas da educação, indo nos territórios, conversando e atuando com direções escolares, com profissionais da educação e estudantes de todas as regiões do estado. 
 

Também na pauta da Saúde Mental o mandato tem se destacado. Guiado pela perspectiva antimanicomial e de fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial, conquistou a lei de cofinanciamento a RAPs, uma política orçamentária de caráter permanente da rede de saúde mental no estado. Como mandato ecossocialista, se empenha na defesa dos mais diversos ecossistemas, na promoção da alimentação saudável, da agroecologia e da agricultura orgânica e na economia solidária. Da mesma forma, tem se empenhado na luta pelos direitos humanos, na luta antirracista e por memória, verdade e justiça, como na campanha "Liberte Nosso Sagrado", e na defesa de moradia digna, causa importantíssima em um estado com alarmante déficit de habitação e com tantas pessoas em situação de rua.
 

Serafini também presidiu a CPI do Rioprevidência que investigou  uma série de  desvios de recursos públicos da previdência do Estado, trazendo um rombo de mais de R$ 20 bilhões aos cofres estaduais. Foram essas expropriações que comprometeram aposentadorias, pensões e outros direitos dos servidores do Rio de Janeiro. Demonstrou que não é a garantia de uma previdência digna para os servidores que prejudica os cofres públicos, mas a má gestão e a financeirização da nossa economia.


Por essas e tantas outras histórias de lutas e companheirismo, temos convicção de que este é um mandato necessário, que nos encoraja para a luta coletiva e acredita que o momento de tantas emergências, climáticas, sociais e humanitárias, exige de nós a construção de unidades para derrotar o retrocesso, mas também a afirmação da independência de classe, da organização coletiva contra o capacitismo, o racismo, o machismo, a LGBTfobia e toda e qualquer opressão. Para isso precisamos construir diálogos e projetos coletivos. Reconhecemos que Flavio e o mandato têm buscado debater com profundidade os rumos do estado e do país apostando no ecossocialismo como guia da estratégia da nova realidade que queremos e vamos construir.
 

Porque resistimos e porque sonhamos, temos como tarefa fundamental reeleger Flavio e fortalecer este instrumento de luta. Temos certeza que esse mandato é parte da resistência de agora e da transformação que está por vir. Somos parte desta coletividade que seguirá lutando para que nos livremos do que há de pior na política, mas também seguirá sonhando e promovendo alternativas coletivas de novo mundo, um novo Brasil e um novo estado do Rio de Janeiro. Os tempos são difíceis, mas nossa coragem é grande e nosso compromisso coletivo é potente.

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